Não
falamos aqui do atual de Benin. Formado
pelo povo Edos, a tradição
oral apresenta informações
sobre a origem do reino Benin, como sendo
seu fundador um filho que Oraian teria tido
com uma mulher da terra. Fala-se de um Estado,
uma forma de república anterior ao
reino. E os povos Edos teriam dirigido a
Ifé para pedir ao ioruba Odudua um
príncipe que governasse Benin. Oraian,
filho do deus-rei, teria esposado uma mulher
da terra e fundado a dinastia governante.
O mito da fundação do reino
sugere a possível chegada de um clã
dirigente ioruba aos territórios
edos.
Quando
os portugueses entram em contato com Benin,
por volta de l480, o reino se encontrava
em plena expansão. Teria umas oitenta
léguas de comprimento por quarenta
de largura. Benin vivia em intermináveis
guerras em seu processo de expansão.
Nos últimos anos do século
XV, uma expedição portuguesa
foi à capital do reino para estabelecer
os primeiros contatos com Evaré,
o Grande, a Oba em exercício (era
o décimo quinto da dinastia). A Oba
recebeu os portugueses de braços
abertos. O cobre era um dos principais produtos
que os Edos obtinham no comércio
do Níger. A cola guineense era tradicionalmente
trocada pelo cobre e o algodão sudanês.
A Oba Esigi que sucedeu Evaré foi
ainda mais favorável aos portugueses.
Permitiu que missionários cristãos
construíssem igrejas no reino, que
seus súditos batizassem, porém
ele não se converteu ao cristianismo,
como fez seu contemporâneo manikongo
Afonso, rei do Kongo. O único traço
cristão que permaneceu em Benin foi
à crucificação de seus
inimigos, ou seja, o cristianismo não
vingou. Tal castigo era desconhecido na
África antes da chegada dos cristãos.
O comércio entre os portugueses e
Benin, além de escravos, envolvia
armas, pimenta, vestimentas, marfim, etc.
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