Os reinos comerciais de bens na África deram lugar a reinos escravizadores. A acumulação de bens e poder, desenvolvida pelos segmentos senhoriais de negros, passou a ser efetuada, em grande parte, através da expatriação de jovens africanos reduzidos ao cativeiro. É impossível falar com precisão, estimasse que entre 09 e l5 milhões de africanos foram enviados à América. O crescimento do comércio escravista lançou a África em uma situação de terror e medo.
Estados africanos com armas de fogo cedidas pelos europeus, escravizavam as nações vizinhas que, por sua vez caçavam cativos para comprarem as armas que lhes permitiriam escapar ao aprisionamento.
O tráfico escravista determinou o destino da África. Sob o ataque de escravistas, regiões inteiras se despovoaram. Para escaparem de uma fácil escravização, inúmeros povos se internaram nos sertões ou abandonaram as margens férteis dos rios navegáveis. As operações de escravização destruíam colheitas, cidades e plantações. O Ciclo escravista perverteu as instituições políticas africanas, tais como a justiça aldeã, que passaram a ser utilizadas crescentemente com o exclusivo fim de produzirem cativos. Homens e mulheres, que viviam as diversas formas semi-servis de subordinação social conhecidas pela África Negra, passaram a ser vendidos aos negreiros da costa. Os membros e dependentes de uma família, em caso de dívida, carestia, etc., podiam terminar como escravos, nas plantações coloniais do novo mundo.
Calcula-se que todo esse processo escravista, tenha roubado da África atual, um mínimo de 100 milhões de habitantes! Quando o tráfico foi interrompido, o continente negro encontrava-se exangue, devido a mais de três séculos de hemorragia incessante.
Então o trafico foi substituído pela exploração direta da Europa, cada nação européia ficou com um pedaço na época.
Hoje é bom observar como o continente africano e retalhado com linhas retas, enquanto os outros continentes as fronteiras são “naturais”.
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