Em
outras regiões vivia-se processo
semelhante ao do Sudão Ocidental,
até o século XV é possível
acompanhar o desenvolvimento do Sudão
Ocidental. Com a chegada dos europeus às
costas da África Negra, o desenvolvimento
parou. É preciso compreender a nova
dinâmica que o tráfico negreiro
determinou para as comunidades negro-africanas.
Quando
os portugueses lançaram-se à
procura de um caminho para as Índias,
agiam como ponta-de-lança de importantestransformações
sociais e econômicas em curso na Europa.
Índia,
naquele tempo, era uma vaga expressão
geográfica aplicada a todos os países
distribuídos da saída do mar
Vermelho ao reino de Catai e à ilha
de Cipango.
A ordem
feudal fora produto da crise da produção
escravista clássica. Com, esta última,
entrara em crise a atividade comercial conhecida
na Antigüidade (principalmente o comércio
de longa distância). As grandes cidades,
a cultura e as ciências sofreram as
conseqüências destas transformações.
O chamado mundo feudal constituía,
entretanto, uma revolução
social e econômica em relação
à antiga ordem escravista. Da produção
baseada sobre o trabalho escravo àquela
assentada sobre o servo da gleba tinha-se
dado um essencial passo histórico.
Importantes
avanços tecnológicos e um
significativo desenvolvimento das forças
produtivas materiais permitiram a gênese
do feudalismo europeu. O Mundo feudal incorporava
ao cotidiano produtivo, entre outras inovações,
nova atrelagem para animais de tração,
a tração eqüina nos trabalhos
agrícolas, o afolhamento tripartido,
novos sistemas de rotação
de culturas vegetais, uma adubação
animal mais desenvolvida e o moinho de vento
e de água. Houve grande crescimento
e também os produtos começaram
a se exceder e renasceu o comércio
de longa distância.
O Continente
europeu nunca tinha parado de comerciar
com a África e com a Ásia.
A Europa fazia comércio com o oriente,
através do mediterrâneo, mas
sempre em desvantagem, comprava produtos
de luxo manufaturados, corantes, etc. exportava
produtos agrícolas e lã. Mas
quem lucrava mais era o monopólio
Ítalo-muçulmano, a posição
geográfica favorecia isso. A Europa
ocidental sofria ainda com a ausência
de minas de ouro, e o precioso metal tinha
que ser trazido da África.
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